Apesar de este ser a primeira postagem deste blog e eu ter criado ele sem nenhum sentido e nenhum objetivo... acabei de ver uma luz que me fez pensar em algo valido para eu expressar e trabalhar neste blog.
Se tem algo que eu sei bem o que é ... infelizmente é a dor.
Ela vem me forjando e mudando meus dias bruscamente, como algo que está sempre a espreita, pronta para me derrubar no menor sinal de alegria.
Me perguntei por muito se a felicidade era algo restrito aos outros, e estou descobrindo que não ... estou descobrindo porém, que ela é menos duradoura em minha vida.
Eu sinto todo dia queestou sendo preparado para algo maior que está por vir, estou me tornando mais apto a suportá-la.
Não é isso que eu quero e creio que ninguém o queira, praticar o desapego é algo que não me foi ensinado, um ato que estou aprendendo com todo meu instinto auto-didata.
Sei somente que existe uma frase muito real: "Alegria de pobre dura pouco" ... pode parecer engraçado e fora de lugar essa frase em um texto tão pesado, e minha pobreza é de felicidade.
Dinheiro e bens materiais nunca me importaram tão pouco como agora, vivo muito bem com a vida simples que eu tenho, mesmo com essa sociedade decrépita cobrando de todos uma aparência e estilo de vida que é quase que impraticável ... como se chama viver algo que tem que ser feito seguindo padrões e regras? Chamo isso de proceder, que está muito distante de viver de fato.
A vida pode ser bem mais simples e fácil quando se abre os olhos e se percebe que o nível de dificuldade dela é imposto por nós mesmos. Me perdoem a comparação um tanto quanto fútil, mas é como um jogo de videogame que antes de ser iniciado pede que a dificuldade seja imposta, por que impor o dificil, talvez o facil não tenha tanta graça, talvez o desafio seja a parte interessante, o que te faça crescer ...
Assumo que ele me faz evoluir demais, mas as marcas e feridas que ele deixa são grandes e podem se adormecer mas sempre voltam a sangrar.
Hoje com minhas lágrimas, jorra também o sangue, um sangue que tem um gosto e cheiro de morte, que é algo que está muito próxima de mim, mesmo que eu não queira.
A morte me vigia de perto, para tirar de mim o que me faz feliz, mas eu estou usando a morte a meu favor ... usei-a para matar algo que me incomodava ... o meu antigo eu.
Um minuto de silêncio para o Rodrigo de tempos atrás, ele se encontra morto e devidamente sepultado, não em minhas lembranças, pois se lá estivesse poderia se reerguer como uma fênix e surgir para me assombrar por mais uma vez, mas sim no esquecimento, o lado sombrio do coração de cada um, o lado que existe em todos mas queremos negar e esconder, o lado frio e escuro, o lado que não queremos estar e não ousamos visitar.
A dor hoje é uma amiga ingrata,ela me ensina mas cobra caro, a dor é o martelo do ferreiro batendo na minha alma que um dia foi sólida como o aço temperado, mas que hoje está sendo moldada mais uma vez.
Não temam a dor, saibam usá-la na dose correta.
Depois de tudo só me pergunto uma coisa,
Será que eu ainda vivo por assim dizer?
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