17.9.09

A palavra de hoje é SAUDADES ...

Eu achei que todas as feridas se fechassem um dia, me enganei por mais uma vez.
Sabe aquela dor que está guardada tão bem que até mesmo se esquece que ela um dia existiu? Pois hoje minha dor maior se libertou e me fez sentir derrotado.

A falta que me faz as pessoas que me ensinaram os valores que eu carrego é tão grande que não cabe mais em mim e hoje por mais uma vez transbordou.

Sinto falta também de quem poderia ter dado continuidade a tudo que eu vi e aprendi.

Choro amargamente, por uma angústia que me faz sentir vazio, sem a mínima vontade de continuar.

Sigo forte e firme naquilo que eu acredito deixando os fracos para traz.

16.9.09

Sou carne ...

Eu pareço um robô?? Uma máquina?? Eu tenho que estar bem e feliz o tempo inteiro pra satisfazer as pessoas ao meu redor?? A resposta é não!!

Eu quero ser normal, se as pessoas ao meu redor querem um palhaço para aliviarem o stress do dia-a-dia, desculpem-me, mas este não serei mais eu.

Gosto de animar os outros, animo todos o quanto posso, mas nem sempre quando eu preciso encontro alguém pra me animar.

Sem muito o que postar aqui, minha sorte é ter alguém em minha vida pra me entender e me ajudar nessas horas.

13.9.09

Explodindo

Enfim,

Esses últimos dias tem sido um tanto quanto meio amargos, coisas ruins acontecem mas terminam em um gosto bom, dando até vontade de ter mais do mesmo.

Sabe aquele dia que você sente que não deveria ter saído da cama? Tudo começa dando errado, até o que não costumava dar...

Meu mundo chegou muito perto do limite de explodir e se desfazer, porém vendo o fim de tão perto senti e percebi que não existe fim.

O fim em si é apenas um fechamento, um marcador na vida para indicar um novo capítulo. Se a vida é mesmo um livro, o meu vai ser quase uma lista telefônica (um livro grande, chato e que poucos param pra consultar)

Não digo que minha vida seja vazia hoje em dia, mas ela já foi mais cheia e repleta de atividades, amigos e pessoas ao meu redor. As atividades são o que mais me faz falta pois as pessoas se foram sem eu obrigá-las a nada. Se elas se foram é sinal de que nunca estiveram aqui de fato.

Saber que estava vivendo uma vida estranha, que não era pra mim, foi complicadíssimo ... Entender que estava no lugar errado, com pessoas que estavam em minha vida, mas nunca sequer entraram nela e que hoje mesmo não mantendo contato, não sinto mais tanta falta assim.

Passar muito tempo se apegando as coisas pode ser uma perda de tempo, pois no final das contas, dessa vida nada se leva senão experiências e lições.

Aprendi muito mais que algumas pessoas nesses 23 anos de existência, mas não me atrevo a dizer que sei tudo, sou um ser em evolução constante e desenfreada.

E vamos evoluir até o dia de morrermos e descansar, para voltarmos como mais um ser único nessa incrível teia da criação.

11.9.09

A dor

Apesar de este ser a primeira postagem deste blog e eu ter criado ele sem nenhum sentido e nenhum objetivo... acabei de ver uma luz que me fez pensar em algo valido para eu expressar e trabalhar neste blog.

Se tem algo que eu sei bem o que é ... infelizmente é a dor.

Ela vem me forjando e mudando meus dias bruscamente, como algo que está sempre a espreita, pronta para me derrubar no menor sinal de alegria.

Me perguntei por muito se a felicidade era algo restrito aos outros, e estou descobrindo que não ... estou descobrindo porém, que ela é menos duradoura em minha vida.

Eu sinto todo dia queestou sendo preparado para algo maior que está por vir, estou me tornando mais apto a suportá-la.

Não é isso que eu quero e creio que ninguém o queira, praticar o desapego é algo que não me foi ensinado, um ato que estou aprendendo com todo meu instinto auto-didata.

Sei somente que existe uma frase muito real: "Alegria de pobre dura pouco" ... pode parecer engraçado e fora de lugar essa frase em um texto tão pesado, e minha pobreza é de felicidade.

Dinheiro e bens materiais nunca me importaram tão pouco como agora, vivo muito bem com a vida simples que eu tenho, mesmo com essa sociedade decrépita cobrando de todos uma aparência e estilo de vida que é quase que impraticável ... como se chama viver algo que tem que ser feito seguindo padrões e regras? Chamo isso de proceder, que está muito distante de viver de fato.

A vida pode ser bem mais simples e fácil quando se abre os olhos e se percebe que o nível de dificuldade dela é imposto por nós mesmos. Me perdoem a comparação um tanto quanto fútil, mas é como um jogo de videogame que antes de ser iniciado pede que a dificuldade seja imposta, por que impor o dificil, talvez o facil não tenha tanta graça, talvez o desafio seja a parte interessante, o que te faça crescer ...

Assumo que ele me faz evoluir demais, mas as marcas e feridas que ele deixa são grandes e podem se adormecer mas sempre voltam a sangrar.

Hoje com minhas lágrimas, jorra também o sangue, um sangue que tem um gosto e cheiro de morte, que é algo que está muito próxima de mim, mesmo que eu não queira.

A morte me vigia de perto, para tirar de mim o que me faz feliz, mas eu estou usando a morte a meu favor ... usei-a para matar algo que me incomodava ... o meu antigo eu.

Um minuto de silêncio para o Rodrigo de tempos atrás, ele se encontra morto e devidamente sepultado, não em minhas lembranças, pois se lá estivesse poderia se reerguer como uma fênix e surgir para me assombrar por mais uma vez, mas sim no esquecimento, o lado sombrio do coração de cada um, o lado que existe em todos mas queremos negar e esconder, o lado frio e escuro, o lado que não queremos estar e não ousamos visitar.

A dor hoje é uma amiga ingrata,ela me ensina mas cobra caro, a dor é o martelo do ferreiro batendo na minha alma que um dia foi sólida como o aço temperado, mas que hoje está sendo moldada mais uma vez.

Não temam a dor, saibam usá-la na dose correta.

Depois de tudo só me pergunto uma coisa,

Será que eu ainda vivo por assim dizer?