Me olho no espelho e me aprumo
Visto um casaco e me arrumo
E quanto ao vento?
Olho as pessoas andando
Cabeças baixas de olho em seus celulares
Esbarrando nos outros e digitando
E quanto ao senso?
Carros correm e se emaranham
Pára-choques, pára-brisas e espelhos arranham
E quanto ao medo?
Caminho no meu passo esperando que me alcance
Olho para os lados, meio que de relance
E quanto ao anseio?
Deito e penso em mais um dia sozinho
Sem um colo para oferecer abrigo
E quanto ao tempo?
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